sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Inscrições de Phortas de Banheiros I

Um Pedro, on the rocks!

O bar era dos antigos, aberto nos anos 80, no Jardins, e que agora se mudara para um galpão na Barra Funda e tem um publico de trintões cativos. A música tocava alta, muito mais alta do que ela suportava ouvir. Seus ouvidos pareciam que iam explodir. E se explodissem? “Será que quando os ouvidos explodem a gente morre?”, ela se perguntou, tentando sair de cena. Mas não deu. Na menção que fez de subir as escadinhas da saída do bar, o amigo encostou a mão nos seus ombros e disse “onde você pensa que vai à uma hora dessas? Ainda é muito cedo para você ir embora! Não bebemos nada”.
Ela voltou-se para o amigo sorrindo, e foi na virada que mudou a expressão, porque estava subindo as escadas apavorada, e precisando mesmo sair dali. E na virada, um sorriso, ela pensou, analisando a si mesma, num misto de crítica e aceitação por ter a capacidade de sorrir a quem lhe agrada, a quem quer sua companhia. “É que a música aqui está muito alta pra mim, não estou agüentando, não sei o que aconteceu. Na verdade estou me sentindo mal e acho que preciso ir embora”, confessou, apesar do sorriso. “De jeito nenhum, vem pra cá, vamos sentar e tomar mais uma!”, disse o amigo. Ela sorriu mais uma vez e o seguiu em direção à mesa em que estavam com mais alguns amigos. “Duas tequilas, por favor”, o amigo pediu ao garçom.
Ela imaginou que uma tequila podia fazer um bem danado numa situação assim. O poder do álcool é uma coisa maravilhosa, opera milagres que nenhuma ciência explica ou explica, mas esquece de dizer que é milagre e dá outro nome.
A música continuava muito alta. Sempre gostara de música alta e lugares agitados. Mas aquela noite não! Naquela noite a música estava estridente, machucando seus ouvidos, atordoando sua cabeça. A tequila chegou e ela virou. Bummmmmmmm. Bateu uma. Olhou para o amigo e disse, agora já sem o sorriso, sem a cara de medo, só com a cara de quem vai enfrentar o que vier, mesmo que seja uma música alta. “Pede outra, aliás, pede mais umas três doses só para mim”. “Uau, é assim que gosto de te ver. Garçom, mais três para a moça ali e mais três para mim também!”
O rosto dela agora era mais curioso, mas criativo. Conseguia olhar para as pessoas à sua volta e fazer caras para elas. Conseguia fazer a cara sexy, a cara cansada, a cara noturna, a cara quero te conhecer, a cara gosto de você, a cara sua roupa é brega e outras. As três tequilas chegaram e bammmmmmmm. Bateu mais três. Na virada do último copo a música ficou mais alta do que nunca. Estava insuportavelmente alta. Ela tinha que sair dali, sentia que se ficasse mais alguns minutos alguma coisa ainda pior do que explodir os tímpanos iria acontecer. Pegou a bolsa, deu um beijo no amigo e subiu as escadas trançando as pernas.
Bêbada de tequila, bêbada de música, bêbada da noite que tinha tido. Quando chegou ao topo da escada decidiu que iria ficar ali e entender o que estava acontecendo. E no último degrau entendeu: queria sexo, um sexo de hoje e só hoje “Vou voltar, beber mais e que se dane a música”.
Apesar das idas e vindas, a moça é decidida. Menina de força e coragem, de ouvidos e paixão, de olhos e mãos capazes de loucuras. Sentou-se numa mesa que não era a do amigo. Olhou para um homem, trintão, como ela, que sentava sozinho e perguntou: “Você está acompanhado?”. Ele respondeu que não e pediu mais tequilas para eles. Ela deu para ele a cara “quero você” e começaram num papo etílico que só os dois e a música poderiam ouvir. “Eu não estou gostando do volume dessa música, não estou gostando desse bar e já tentei ir embora duas vezes. Aquele amigo ali ó me segurou a primeira vez e da segunda eu sai e voltei e sentei aqui com você. E você?” “Estou curtindo a música, adoro esse bar e não tentei ir embora nenhuma vez, porque se tentasse não voltaria. Mas tive um dia do cão, uma semana desgraçada e estou louco para me divertir. É por isso que estou tomando essas tequilas com você”. “Ótimo, então vamos tomar mais”, ela disse virando mais um par de copinhos do líquido amarelo que a levaria ao céu e ao inferno.
“Preciso ir ao banheiro”, disse a ele. Mas foi quando se levantou que percebeu o quanto estava bêbada, o quanto de tequila já tinha posto no corpo que queria sexo, queria ir embora e no corpo que não agüentava mais a música. Com os olhos o chamou para ir junto, e ele sorrindo um sorriso malicioso pegou sua mão e foi.
O banheiro feminino estava lotado, com direito a fila de várias tribos de São Paulo, de rockabillies aos clubbers. Foi chegando com a cara vou-transar-com-esse-homem e furou a fila. Não deu bola às algumas vaias mais puritanas que recebeu. Entrou e enquanto se divertia com o novo estranho, a música alta ainda estava nos seus ouvidos, assim como os gemidos dos dois. E foi no ápice do ápice que bateu os olhos na porta do banheiro.
“Pedro, sem você eu não fico. Pedro, sem você eu não vivo. Pedro, sem você eu não quero e não faço sentido. Assinado Sabrina, 25 março de 2007”.
Uma inscrição de amor na porta de um banheiro, feita à BIC, até ai nenhuma novidade certo? Errado, aquela mensagem mexeu com ela. Empurrou o cara na mesma hora e disse “Sai por favor, e espera lá fora”. Ele não entendeu, levantou as calças e saiu.
Sentada sozinha na privada de um bar lotado e escuro, com uma musica alta e estridente, e com pessoas vaiando a furada de fila que ela dera, começou a chorar copiosamente pela mensagem.
“Quem é Pedro? Esse Pedro é incrível, que sorte tem a Sabrina. Como “sem ele ela não quer”? Não quer o que? É incrível não querer sem alguém. Eu quero sem ninguém mesmo”.
Subiu as calças com dificuldade, o jeans grudava no corpo que queria, mesmo sem alguém. Era como se depois de se dar conta dessa capacidade de amor seu corpo tivesse descabido. Inchado ou encolhido. Estava diferente. O sexo no banheiro, que antes era tão divertido, agora perdera o sentido. Abriu a porta para encarar muitas caras feias e um espelho que a dizia estar bêbada e chorando.
Sua cabeça parecia estar mais redonda depois de saber que poderia haver um Pedro por aí e que tinha sentado para fazer xixi exatamente na mesma privada que uma Sabrina que não podia viver sem ele sentara em 25 de março de 2007.
Não sabia onde estava a bolsa, não dava para retocar a maquiagem e ela também não fazia questão nenhuma de sair do banheiro mais bonita do que entrara. Naquele momento se perguntava por que em nenhum ponto da sua vida tinha entrado no banheiro, com uma caneta BIC em riste para dizer à porta de madeira que "sem ele não". Sentiu raiva de quem consegue fazer isso.
Saiu com a cara “não acredito no que acabei de ver” e logo achou o rapaz com quem tinha acabado de fazer o sexo casual muito normal. Ele segurava a bolsa e disse “Achei melhor ficarmos de pé, assim podemos dançar e beber mais”. Ela quase morreu ao ver que a mesa que estavam sentados agora era ocupada por outras pessoas. Ela tinha certeza de que não conseguir ficar de pé pelo resto da noite. Olhou bem para a cara dele e disse “Você é um porra de um imbecil. Como é que entrega a mesa para outra pessoa. Tá louco? Acha que eu tenho condições de ficar de pé o resto da noite?”. Ele com certeza se espantou com tanta agressividade, o que teria acontecido com a moça no banheiro logo depois de um sexo assim, tão anos 80 com novo endereço? “Quer saber: louca é você e vai-te à merda”. Jogou a bolsa nas mãos dela e saiu do bar. Ela ficou olhando as costas do rapaz, dizendo um adeus baixinho para alguém que poderia ser uma boa companhia para continuar bebendo ou até mesmo o seu PEDRO.
No balcão do bar, chamou o barman e disse “Eu quero um Pedro”. “Não conheço nenhuma bebida com esse nome”. “Inventa então, põe tudo o que você quiser aí e batiza a bebida de Pedro’”. Um bom barman diz o que? “Ok”. E fez a mistura que queria, com as bebidas que imaginou parecerem com Pedro.
Todas as cores. Vermout, daikiri, campari, Martini, vodca e mais algumas coisas que davam cor ao copo. Pensou: “Cada um com seu Pedro”. Ela ficou olhando, mas sem na verdade identificar cada uma delas. “Aqui está, seu Pedro”. Ela olhou bem para o copo, que era longo e a bebida multicolor, abraçou o copo com as duas mãos e disse : “Sem você eu não vivo, sem você eu não quero, sem você eu não faço sentido” e virou o copo todo de uma vez. Engolindo Pedro. Ela queria uma overdose de Pedro. “Quero mais um Pedro, meu amigo, e com duas pedras de gelo”, disse ao barman já com a voz embargada pela bebedeira e pela vontade de chorar.
Ele fez outra bebida. Ela agarrou o copo e começou a lamber o vidro que ainda suava o gelo. Massageava o copo longo dizendo bem perto: “Pedro, sou pra você assim como você é para mim”. Mais algumas frases e o copo já estava vazio. O barman, com cara de barman, pensou uma vez o que deveria pensar milhões em noites como aquelas: “Essa é louca mesmo”.
Depois de mais três Pedros e da música que agora já não era tão alta ela decidiu ir embora para casa. Dirigir seria impossível, mas iria tentar. Subiu as escadas, com a bolsa numa mão e a chave do carro na outra. Sabia que não deveria dirigir, sabia que seria a pior escolha para aquela noite, mas não resistiria.
Queria Pedro, queria ser alguém para o Pedro, queria que o Pedro fosse alguém para ela, queria querer um Pedro do tanto que se quer Pedros. Abriu a porta do carro inconformada de não querer ser por alguém. De estar bem por ser por ela mesma. Aquilo doía fundo, machucava o peito, chegava à alma mesmo. Era uma dor tão grande que ela começou a sentir o braço formigar. Mas já não podia dizer se era o Pedro ou o álcool. Opa, os dois, em algum momento da noite foram a mesma coisa.
Enquanto abria a porta do carro, cantava alto e bêbada, “Eu quero um Pedro, eu preciso de um Pedro, eu quero querer um Pedro. Pedroooooooooooooo meu, cadê você, abaixa a música e vem aqui Pedro, eu sou pra você, sem você não quero, Pedro”. Alguma amiga lhe dissera há uns dias atrás que era romântica, que queria ser par. Ela rira no dia. Mas agora, com a possibilidade de Pedro, também queria ser par. Para sempre par com Pedro.
Colocou a chave na ignição, olhando-se no retrovisor. Via a imagem de uma mulher que poderia chamar-se Sabrina, se fosse mais livre. Poderia querer Pedro como só Sabrina sabia querer até então. As músicas não iriam mais incomodá-la. As escadas ficaram mais baixas, as casas mais perto, a comida mais quente, a luz mais acesa e a janela mais aberta. Devagar, como quem olha para o movimento das mãos e dos dedos controlando qualquer erro, ligou o carro e foi, acelerando cada vez mais e mais para chegar em casa. O medo de estar dirigindo naquela situação deu uma brecada na bebedeira e ela sentia-se um pouquinho mais em condições de dirigir. Mas o Pedro não saia de sua cabeça.

“Eu quero um Pedro para amar, eu quero ser par, eu quero chegar em casa e me desesperar se Pedro não estiver lá. Eu quero morrer de saudade de um Pedro, eu quero que meu estômago aperte ao ver o Pedro. Eu quero chorar pelo Pedro, quero morrer se for preciso, pelo Pedro”.

E cantando o Pedro assim dirigiu da Barra Funda ao Jardins, onde ainda lembrava-se morar. Entrou na garagem no prédio e estacionou como podia. Desceu correndo, entrou no elevador rezando para o nono andar chegar e ela poder vomitar todos os Pedros e tequilas que tomara.
Quando abriu a porta, uma coisa estranha. Tinha deixado a luz apagada, e a luz estava acesa. Um tremor horripilante tomou conta de seu corpo todo. Não conseguia se mexer, ficou encostada à porta, com as pernas tremendo e pensando no que fazer. Olhou tudo em volta e parecia normal, não fosse também o cheiro de café que se espalhava pela casa. Desesperou-se: havia alguém em sua casa. Atreveu-se a chegar até a cozinha: ninguém. Só o café na cafeteira, que tinha sido ligada há pouco.
Seu corpo foi gelando, ela tremia o tremor dos sem-Pedro. Pensou em ligar para a mãe, para a polícia, mas antes de criar esse caso todo precisava se certificar de que casa tinha sido mesmo invadida. Podia ter esquecido a luz acesa. A cafeteira ligada. Estava bêbada e a música tinha estado alta noite toda, não tinha como ter certeza. Entrou no quarto e a cama estava desarrumada. Mas poderia ter deixado assim, o que era comum. As pernas tremiam, o coração disparara tanto que a bebedeira tinha passado. Sentou-se na cama e pensou na quantidade de medo que estava sentindo. Estava apavorada. Apavorada. E se fosse um fantasma?
Às vezes tinha medo de fantasma. Não que acreditasse que eles existiam. Mas tinha medo. Jogou o corpo pra trás e quase relaxou, quando ouviu o barulho da chave entrando na fechadura da porta da frente. Ali o medo atingiu um ponto de o sangue gelar, da cabeça parecer inchar, os braços estavam inaptos para o movimento, as pernas até doíam de tão bambas que estavam e o coração estava barulhento. “Quem pode ser? Vou ter que chamar a polícia”. Ouviu os passos entrando pela sala, colocando qualquer coisa na pia da cozinha e se aproximando do quarto, onde ela estava. Um passo mais perto e ela pensou que fosse morrer, agora não com os ouvidos explodindo, mas com o coração. Mais um passo e ela começou a chorar. E é em horas de medos extremos que decidimos reagir. “Quem está entrando?”. Para sua surpresa, veio a resposta: “Sou eu o Pedro, saí pra comprar açúcar para o café, você deve estar precisando”. “Estou mesmo precisando, Pedro”. Ela respondeu. Bêbada e definitivamente precisando de açúcar.

15 comentários:

Germano Viana Xavier disse...

É, Tebet, auela velha coisa do pensamento positivo, da lei da atração. eu sei que é horrível essa analogia que faço, mas isso acontece mesmo. Tanto querer depois se transforma em verdade. Assim como uma mentira repetida várias vezes.

E um copo com açúcar é bom para adoçar a vida ...

Conto de fôlego.
Abraços de sempre e sempre...

Anônimo disse...

Seus contos são muito bons!
Adoro,sempre!


bjoss minha linda!

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Álcool, sexo casual, Pedro, café, açúcar... e mensagem em porta de banheiro público... o que é que a gente procura nessas coisas?
Camila, adoro saber que vc me visita! Não tenho entrado muito mesmo, mas nas férias deu pra dar uma atualizada...E o seu blog tá cada vez mais saboroso! Beijo!

Vivian disse...

...quase ninguém percebe, mas existe sempre um "Pedro" na vida da gente, e ele aparece no momento certo...basta o pensamento teimar, e teimar, e teimar...muahhhhhh, linda...pesei que não conseguiria ler até o final..."baralhou" todas as letrinhas diante desta vista senil...rssss...te amo

João Neto disse...

Amar é bom. Ser par também. Para sempre não existe. Pensar e fazer besteira é ato contínuo em nossas vidas. Sonhar em ter um Pedro (posso dizer uma Ana? Nada contra, mas é que tenho alergia à barba alheia) faz parte daquilo que esperamos para uma vida que faça sentido. E você faz conto com maestria.

Janaina disse...

Eu também estou precisando.
Mais de um pedro do que de açúcar neste momento.

Narradora disse...

Ter a alma preenchida, mais que o corpo, acalma a busca, aquece o coração (e as costas. Ainda que o bem não seja "O BEM" (aquele pra sempre - tô meio querendo eternidade...rs) nada como uma pausa pra diminuir o volume.
Adorei o texto.
Bjs

Anônimo disse...

Sempre me surpreendo quando venho aqui. Sua forma de escrever, bem detalhada me encanta, sabia? Amei esse texto. Bjus e boa semana.

http://so-pensando.blogspot.com

Alexandre Henrique disse...

É muito bonito quando uma mulher consegue deixar o seu segredo em uma intimidade pública...ainda mais um segredo que interrompe um desejo casual de uma mulher que se compõem em expressões claras uma intimidade turva. E mais ainda capaz de subdividir inteiro em mil pedaços o que a compõem si mesma em uma totalidade momentânea.
Triste é realmente querer conhecer um ¨Pedro¨, em um bar dos anos 80. Muita gente viveu por lá, coisa da música. E os que viveram nos anos 80 já não são os mesmos nos anos 2000. Mais triste ainda é chegar em casa e descobrir um Pedro que não era ¨O Pedro¨, mas serviu de consolo.
Sabrina também estava bêbada sem duvidas, deve ter bebido horrores no dia 25, mas gostava tanto dele que conseguiu manter a caneta em pé. Como diria o Cazuza: O banheiro é a igreja de todos os bêbados...
Infeliz coincidência; Pedro é o fundador da igreja.
Camilla, você escreve tão bem, e adoro a sua presença no Lune, seu textos devem ser sempre indicados. Te desejo paz e felicidade.Acredito na tua sinceridade, e por aqui deixo a minha .Pode parecer intangível, mas é uma pessoa muito carinhosa.
Beijos, Alex.

Jaqueline Lima disse...

SEr par. seu par. um amor inevntado. mimado. e tendencioso. a sabrina que era do pedro. mas talvez não fosse de ninguém. e o pedro ainda assim seria dela. só dela. o acaso desperta prazeres temporários. e só. o amor é mais que isso.

Anônimo disse...

O desejo faz as vontades se tornarem reais, quando sentidos com intensidade... tudo, tudo conpira... beijo, que não é de Pedro, mas é de Fábio...rs

Ricardo Jung disse...

A esquizofrenia realmente pode atingir níveis extremos...

Mas os Guis são muito piores... eles amarram nosso Pedros como quem se apega a uma peça de roupa que nem quer mais usar, e nos deixa morrer no frio de Abril...
Abril realmente faz frio no coração, até porque é quando um bendito Gui faz aniversário

Pobre tequila... ninguém a quer de verdade... está fadada a ser um mísero estepe de corações medíocres de Aquarpiões atrevidos e orgulhosos

Verônica Cobas disse...

Surpreendente! Convencional como uma mensagem piegas escrita na porta de um banheiro público; ousado e rascante como o prazer selvagem do sexo que expurga saudade e ausência. É tão bom delirar, não é? Gosto demais dos relatos contextualizados com gosto e saber de ficção. Ainda que não posso deixar de reconhecer o racional que sua ficção expõe. Porque expõe e não esconde. E, afinal, é melhor assim. É sempre melhor assim.

Também gosto muito de te ler.

bjs. Veronica

Anônimo disse...

Mais um cantinho ke descubro. Descobri também vida inteligente com boas imagens e textos adoráveis de se ler. 1 abraço